Quatro anos se passaram desde que a pandemia de Covid-19 mudou nossas vidas, e ainda hoje, cientistas do mundo todo buscam decifrar os mistérios da covid longa, uma condição que afeta de 10 a 20% dos pacientes que contraíram o vírus, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A covid longa manifesta-se por uma diversidade de sintomas persistentes, como:
- fadiga extrema,
- dificuldades respiratórias,
- dores musculares e
- problemas de concentração, conhecidos como “névoa cerebral”.
Estes sintomas nos meses após a infecção e podem persistir por anos, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Recentes estudos científicos trouxeram luz a este enigma, avançando no entendimento dos mecanismos, diagnóstico e tratamento da condição. Uma pesquisa publicada na revista Science identificou diferenças nas proteínas do sangue de pacientes, apontando um sistema imunológico que permanece ativo e ataca o próprio organismo, sugerindo marcadores específicos para a doença.
Outra investigação revelou anormalidades nos tecidos musculares e disfunções mitocondriais, ajudando a explicar a sensação de cansaço incessante. Estes estudos são um passo crucial para desvendar por que a covid persiste e como poderá ser tratada eficazmente.
Estudos destacam que vacinas contra a SARS-CoV-2 oferecem proteção contra a forma persistente da covid, tanto em adultos quanto em crianças, reforçando a necessidade da imunização.
A covid longa desafia nossa visão tradicional de doença, por ser “multissistêmica”. Este entendimento pode abrir caminhos não apenas para tratamentos específicos mas também para a luta contra outras condições crônicas, ampliando nosso conhecimento sobre a relação entre infecções agudas e doenças crônicas.
A jornada para compreender a covid longa é árdua, mas cada descoberta nos aproxima de respostas tão necessárias para milhões de pessoas afetadas. Estamos juntos nesta busca por soluções, apoio e, sobretudo, esperança.